segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Estou cansado

Estou cansado, é claro,
Porque, a certa altura, a gente tem que estar cansado.
De que estou cansado, não sei:
De nada me serviria sabê-lo,
Pois o cansaço fica na mesma.
A ferida dói como dói
E não em função da causa que a produziu.
Sim, estou cansado,
E um pouco sorridente
De o cansaço ser só isto —
Uma vontade de sono no corpo,
Um desejo de não pensar na alma,
E por cima de tudo uma transparência lúcida
Do entendimento retrospectivo...
E a luxúria única de não ter já esperanças?
Sou inteligente; eis tudo.
Tenho visto muito e entendido muito o que tenho visto,
E há um certo prazer até no cansaço que isto nos dá,
Que afinal a cabeça sempre serve para qualquer coisa.

Álvaros de Campos

quero estar em todos os lugares...

Eu queria mesmo era estar em todos os lugares, ir à todos os passeios que me convidam, assistir á todos os filmes, ver todas as peças, namorar todos os namorados, ter todos os amigos...

Eu queria mesmo era morar em todos os lugares, ir à todos os museus, falar todas as línguas, saber de tudo o que acontece....

Mas vejam a contradição da vida, a impossibilidade de realização, a falta..sim, a falta é que nos deixa feliz.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Adoro!

Rotina...

Rejeito-a ao mesmo tempo que a desejo para que tudo saia como planejado. Mas planejo apenas para fazer diferente depois. Ai, essa rotina que me sufoca e me é essencial!!!

domingo, 29 de novembro de 2009

Algo que me faz pensar...

As relações estão mudando, os mindsets não são mais os mesmos, a escola não pode ser mais a mesma Meu Deus!

Me baseei neste video para realizar um trabalho com os meus alunos...


Fim de uma década..

Nossa, fico assustada quando me pego a pensar no tempo. Acho que são os sentimentos de perceber as décadas passando pela minha vida (se bem que na minha coleção não reúno nem 3 delas ainda). Alguns dizem ser resultante de um aumento dos graus de rotação da terra, enfim, mas a sensação é nítida! Estamos findando 2009, e me sinto feliz por minhas realizações, dos meus amigos e algumas do mundo, no entanto, me sinto triste por muita coisa também. Não vou descrevê-las aqui pois todos nós convivemos com inúmeras delas e ninguém se sente confortável com isso, ao menos, não deveria se sentir. Estou me referindo às mazelas do mundo. Desde criança quando ficava triste com alguma coisa (e começava a chorar, sempre chorava), logo eu racionalizava e achava uma forma de entender o motivo que me levou a tal tristeza e meu choro cessava imediatamente, mas eu não queria que cessasse! Então pensava como o meu problema era banal e começava a sofrer com os problemas do mundo..e assim conseguia voltar a chorar (havia algo estranhamente prazeroso nisso) e sofria por horas.
Hoje não faço o mesmo exercício com tanta frequência, dado que mal consigo lidar com os meus próprios problemas, as vezes, faço como forma de fugir deles.

Fim de ano normalmente fico triste, mas esse ainda não estou com essa sensação de melancolia que se arrasta pelos dias afora. Deve ser por conta dos muitos deveres ainda por encerrar antes de me entregar às comemorações. Mas aí o ano também encerrará. Então transito entre a diversão e o dever. Uma tarefa árdua. Mas no balanço do meu ano de 2009, o que mais valeu foram os momentos com os amigos. Eis a maior riqueza que construi na minha vida até agora.

Trying to be back...

Fiz um blog há tempos, mas cansei logo da brincadeira. Cá estou eu de volta tentando juntar os pedaços e tentar mais uma vez! É um exercício ao qual me propuz.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

o mundo...

o mundo?....o mundo meu caro...é isso aí...um espetáculo sem se nunca fechar as cortinas....um bombardeio sem nunca mostrar-se as armas....e as horas transbordam-se sem nunca deixar qualquer vestígio...qualquer gota..qualquer minuto...

quinta-feira, 8 de maio de 2008

o meu tempo

Ai tempo...não há tempo pra isso, não há tempo pra aquilo
e eu aqui..sentada ao sol
matando o tempo...

terça-feira, 18 de março de 2008

Poemas Soltos...

Não sei escrever, nunca soube.
Nunca pensei nisso porque não podia... só os poetas podem!
Não! Não quero ser poeta, não gosto de sofrer, por isso não escrevo poesia,
Ela iria me prender e eu nunca saberia.
Mas eu quero escrever, meu pensamento explodiria se não o fizesse
Escrevo para ele!
Por que nunca fiz isso antes?

Impossibilidades...

Impossibilidades mil dentro de uma liberdade oferecida à prazo!
Sou moldada pelo outro de começo a fim
Ando impregnada das façanhas do mundo
Cadê o outro lado?
Onde está o não dito?
Me diga o que isso não diz!
Não me venha com criatividade
Dane-se o personalizado!!!
Não quero, já disse que não quero nada customizado
Quero apenas renascer pelo lado outro que não este.

Se quando...

Se quando me olho no espelho reflito
Reflete -se em mim os pensamentos alheios
De um modo que ainda não me veio
Se por essas e outras tropeço e depois, só
Depois é que me vem essa idéia que me faz
Ser eu.

Enquanto descanso...

Enquanto descanso
Canso de pensar
O que ainda esta por vir
Para quê? Uns hão de perguntar
Se o que vier não é possível
Apreender.

Quando choro...

Quando choro, não choro por mim,
Não choro porque não sei entender,
Mas choro por aquele outro que não eu.
Choro pela minha ignorância,
Pela minha imobilidade diante do mundo
E este lá...sofrendo

Não choro pela hipocrisia dos meus problemas!
Hoje chorei!

Como?

Como? Sonhando, criando, agindo, caindo, chorando,
se lamentando, não! Isso não!
Se entendendo e não entendendo os outros.
Quando? Agora, de onde estou e com o que tenho
O quê? Minha vida, meus sonhos, anseios, desejos, meus projetos
Por quê? Para viver, para rir, para sobreviver, para chorar, para fazer.

Eu e meus eus...

Dentro dos variados eus que sou
Não consegui
Não consigo concordar!
Não há como alcançar!
Pela manhã acordo aos poucos,
Cada um de mim a seu tempo
Mas eu mesma continuo dormindo!

Antes de nascer...

Antes de nascer, eu sentei para pensar porque viria.
Não achei resposta e cá estou eu,
Posta em deslocamento.
Ainda não entendo (não é preciso!) mas
As palavras que moldam o meu pensamento,
Me enquadram neste mundo sem lugar
Tento fugir (e consigo!)
Mas ainda não aprendi a linguagem que meu pensamento diz.
Vim porque vim e,
Estando aqui posso mudar meu copo de lugar.

Nunca!

Nunca! Que palavra estranha.
Nunca fiz tanta coisa!
Nunca disse todas as palavras,
Nunca fui, nunca voltei e,
Nunca estarei em todos os lugares!
Nunca saberei o que aconteceu!
Nunca me permiti!
Nunca pensei que meu pensamento
jamais repensou, mas não conseguiu
Ansiedade infâmia!
Nunca diga nunca! Já disseram
Mas essa palavra estranha está mais presente do que nunca
No nosso mar de impossibilidades.

Hoje andava sozinha...

Hoje andava sozinha e só me via e via tantos como eu a minha volta
Por quê?
Por que sozinha uns com os outros não nos tornamos, não mais solitários mas
Solidários
Das lembranças alheias que teimam escapar (mas não há ninguém para permitir)
Mas não é assim.
Talvez seja melhor assim,
Pois assim nos simpatizamos menos com nós mesmos e
Carregamos mais lembranças só nossas.